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quinta-feira, 7 de abril de 2011

 
Hoje me encontro longe, muito longe de superar esta enrrascada na qual eu mesma me meti quando tomei uma atitude inconsequente, impulsiva em busca de auto-afirmação, em busca de superar um sentimento de negligência que me perseguia …. fui tentando ser o que nunca fui RAZÃO sem considerar aquilo que sempre me guiou: a EMOÇÃO … Me dei mal, muito mal…. me Apaixonei. Hoje começo definitivamente o processo de superar este sentimento ...é  uma sensação de morte … é realmente a sensação de que alguém que vc ama morreu … É uma ânsia de vômito que vem e vai. Eu não tenho estrutura pra este jogo que ele faz comigo … primeiro sou um poço de água fresca no deserto… depois ele some… ele dissimula… ele liga, finge que somos amigos … some…. simplesmente some….. e eu fico perdida …. fico buscando a atenção dele …..Como pode este homem conseguir me desestruturar desta forma? … Porque ele simplesmente não diz que não me quer? Manda eu sumir….
Bom, tô decidida, mas convenhamos … péssimo começo … porque eu ainda espero o dia em que ele vai dizer que tem uma proposta na qual eu seja uma das Prioridades na vida dele...
Será mesmo que uma paixão pode ser superada? Será que é possível passar por cima deste sentimento e seguir como se nada tivesse acontecido? Me lembro da propaganda de um carro que dizia: “Sua vida te trouxe até aqui.” Esta paixão me trouxe até aqui… ela é parte do que sou hoje, o que eu sou hoje não existiria sem esta paixão. Estou pensando que, ao invés de tentar superá-la, esquecê-la, arrancá-la, eu poderia tentar me concentrar naquilo que ela me trouxe de bom: certamente mudou minha concepção sobre a vida, escancarou a minha fragilidade, me fez sentir como uma adolescente de 15 anos (isto não tem preço!!!! Mentira…. tem um preço altíssimo), me fez deixar de ser preconceituosa, me fez retomar antigas amizades pela necessidade urgente de saber se era eu que estava ficando louca ou se o que eu sentia era algo típico de uma mulher.
Bom, tudo isto é muito interessante, mas não muda o fato de eu ser apaixonada por um homem que não é meu, que não está ao meu lado, e quando está, me satisfaz sexualmente e depois some porque é covarde demais pra lidar com o que sente e dar uma reviravolta na sua vida (Prefiro acreditar que ele é covarde do que concluir que ele, na verdade, não me ama). Enquanto supero/esqueço/convivo/me acostumo …. estou vivendo a minha vida. Não deixei de fazer nada. Continuo trabalhando, produzindo, me divertindo. O choro deu uma trégua. É só na hora de fechar os olhos pra dormir…. aquela hora de abraçar o travesseiro … é a hora que o peito dói, que a garganta seca. São apenas alguns minutos, mas ainda sim, dói.
Não precisa ser uma especialista em sonhos pra entender… é esta sensação de não ter acesso, de não poder contar, de não ter importância na vida dele. É uma sensação de abandono, como uma criança esquecida pelos pais.
Um clique. Eu me apaixonei por ele em um clique. Um segundo estava me divertindo, no outro estava apaixonada por ele. É exatamente assim que eu esperava superar esta paixão. Eu imaginava que alguma coisa iria acontecer e … clique …  eu simplesmente conseguiria esquecer, apagar ele da memória como se apaga a luz em um interruptor.

Paty Mota

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